AZIMUTE

O verso… Fotografia escrita,

Vem de um ampère que se atiça

E aperta o botão da usina,

Onde alguma coisa é movida

(Da alma ao tutano da espinha,

Da curva ao despacho na esquina,

Ou só apear do degrau da guia,

Um espanto entre a ventania).

Muitas vezes, o morro traz a brisa,

Nem áspera, nem suave, mas nítida,

Capaz de redesenhar esta trilha,

E de mudar maré e maresia

(Navegar por outras estrelas frias,

Sob a fossa funda da poesia).