O TODO PODEROSO

Tinha a estatura

De sua arrogância

Nunca deu para si

A paz necessária

Martelava noite e dia

Na construção de seu império

Já não tinha uma determinação

Mas uma quase loucura

Comprava os afagos

De que necessitava

Sentiu vontade de comer com a mão

Mas a posição social o impedia

Desejou ardentemente um amor verdadeiro

Mas não pode comprar com o seu dinheiro

Morreu num abril e partiu,

Com enigmático sorriso

Esperou de Deus

Recepção à sua altura

Mas Deus estava ocupado, jogando peteca

Com os meninos que morreram de fome na África