Transgressões
Um perfume invade
minha solidão
e minha solidão
se espalha pelo universo
não quero chorar
o choro chama os anjos
não preciso deles.
A marca do infinito
beija meu rosto lívido
com seu batom
pecaminoso
penetrando fundo
meus desejos mais sublimes.
Os anjos cantam
desafinando nossas transgressões
perpetuando o sofrimento celeste
entre o encanto e a dor
a dor de estar só
e só escrever a arte da poesia
lírica e voraz:
adeus!
Esquece o aroma da vida
a natureza das coisas
o medo das ausências
o aceno de um outro adeus.