SINO

SINO

No despertar da manhã

Um silêncio quebrado

Bate o sino do templo

Num novo chamado

Sigo surdo o caminho

Cabeça em desalinho

Ao ver um corpo deitado

Num vestir amarrotado

De que adianta o chamado

Se aqueles que o atendem

Estão simplesmente desalmados

Vão expiar suas culpas e pecados

No templo da pseudo ressurreição

Ajoelhados oram sem ação

Vão-se aliviados

Passam pelos espalhados pelo chão

Como se fossem invisíveis

E suas imagens uma ilusão

Os passos desses oradores miseráveis

Uma desilusão

O sino emudece

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 03/01/2024
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