SINO
SINO
No despertar da manhã
Um silêncio quebrado
Bate o sino do templo
Num novo chamado
Sigo surdo o caminho
Cabeça em desalinho
Ao ver um corpo deitado
Num vestir amarrotado
De que adianta o chamado
Se aqueles que o atendem
Estão simplesmente desalmados
Vão expiar suas culpas e pecados
No templo da pseudo ressurreição
Ajoelhados oram sem ação
Vão-se aliviados
Passam pelos espalhados pelo chão
Como se fossem invisíveis
E suas imagens uma ilusão
Os passos desses oradores miseráveis
Uma desilusão
O sino emudece