Ó PAI 2
Ó PAI,
Ensina - me a colorir a vida com o perfume de tudo que pode ser poesia
Ensina - me !
Ensina - me e não me esconder da minha essência e das aparências quebrar seus muros, suas cercas e seus prumos
Ó PAI,
Ensina - me a saciar a minha sede
Ensina - me a saciar a minha fome
Me embriagando sempre
com os tecidos e vieses
a costurar em meu corpo nu - tatuagens com os rastros
e com seus versos
que brotam
do milagre dos raios
de cada amanhecer
Ó PAI,
Ensina - me a viver sem as anestesias da razão que cegam e atrofiam,
que mutilam e agonizam
Com os seus desvãos que preconizam nos curtumes racionais, eu quero me distanciar!
Ó PAI
Não me deixe bestializar diante dos dias que me falte cognição
pra da poesia me alimentar
Mas, me embriague sempre
Com goles da BONITEZA
Com doses de BONITEZAS
de Ser rastros diferentes sempre
dos infernos dos iguais!
(raicarvalho)
31122023