DOEU...

Doeu...

Doeu pra caramba

Ao ver a Sagrada Umbanda

Sofrer tanto desrespeito

Me doeu o coração

Sofri e muito chorei

Ao ver quem tanto ajudei

Devolver ingratidão.

Doeu...

Doeu ao ver o Astral

Que a ninguém nunca faz mal

Envolvido em picuinha

Por gente que eu quis muito bem

E que mostrou ao além

Ser pobre e muito mesquinha.

Doeu...

Doeu pelos Pretos Velhos e pelo Povo Baiano

Porque o vil ser humano

Não sabe o que é humildade

Por isso a infelicidade

Onde vivem mergulhados

Explorando a fé alheia

São pequenos, uns coitados.

Doeu...

Doeu por ver a doutrina

Que sigo desde menina

Sofrer mistificação

Nas mãos de quem deveria

Liderar com alegria

Mas só faz enganação.

Doeu...

Doeu por ver tanta gente

Que ali chegou tão contente

Pra fazer a caridade

Mas olhando bem de perto

Viu que nada estava certo

Só havia falsidade.

Doeu...

Doeu mas há de passar

Pois Oxalá no universo

Viu esse povo perverso

Brincando com o Sagrado

Mas isso vai ser cobrado

Porque chegará o dia

Para o acerto de contas

Entre você e seu guia.

Cigana das Rosas
Enviado por Cigana das Rosas em 31/12/2023
Reeditado em 31/12/2023
Código do texto: T7965819
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