Combustão
Com todo dengo possível, nem sempre tão óbvio,
Muito das vezes de pouca descrição,
Eu trago dosado em afeto
O ódio
Que o mundo me deu como combustível
E em versos tento fazer
Combustão,
Para que tenhas o melhor possível do que fizeram do eu,
Confesso, não tive escolhas para ser o que pudera.
Hoje, sou o que fizeram, sem conto de fadas, docilidades
Delicadezas forjadas, branquices enlatadas ou europidades perecíveis
Sim, invento palavras,
Pois a minha liberdade é a voz tal qual não tive,
As coleiras estruturais não me prendem,
Me alicerço ao conhecimento, tornando-me triste,
Mas, mantenho-me vivo e SIGO
Procurando formas para ser mais para os nossos
E menos do que ditam.