DESPEDIDA.
Malas prontas.
Vazias de coisas
Vazando sensações.
Tão remexidas
Sem arrumações.
Carregam as linhas
Despencadas do meu rosto
E também aquelas
Que nunca escrevi.
Levam levezas
E também fluidez
A palavra solta
Feito pipa a voar.
Carregam minhas malas,
As horas do tempo
Aquelas já passadas
( Sempre tão sonhadas)
E nunca utilizadas.
Á esquerda, num cantinho
Condensadas saudades
De tudo não vivido
Também carregam minhas malas.
Saberei dizer adeus?
Todo fel me vem à boca
Quando tento tal palavra
Invento então, um novo mundo
Quase sem despedidas
Descanso minhas malas
Amo tudo que não vai embora,,,
Elenice Bastos.