A ÁGUA E SUA IRONIA

A ÁGUA E SUA IRONIA

Mário Osny Rosa

Se Camões com sua esperteza

Em nossos dias mirasse as águas do mar.

Logo as dirias com certeza

Não tem as mesmas cores do meu navegar.

Ao sair do velho rio Tejo

Nas ondas do mar a entrar.

Daquele azul-celeste te vejo

Nas marolas logo a navegar.

Cantar a rara beleza

Ver esse mar poluído.

Sem a menor nobreza

Pelo homem destruído.

Nesses dias de indelicadeza

Essencial a todos os seres.

Da água com a sua pureza

Vive a custas de pareceres.

Ela é o principal alimento

Sua falta é um suicídio.

Em todo e qualquer momento

De quem é esse descuido.

Desse mar dessa beleza

Quem foi que faz a água?

Afrontando a natureza

Seja ele um pau da água.

Cuidado com essa esperteza

Nessa nossa bela ilha.

Nem haja com malvadeza

Mas busque tecnologia.

São José/SC, 28 de dezembro de 2.007.

morja@intergate.com.br

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Asor
Enviado por Asor em 29/12/2007
Código do texto: T796248