Asfixiante

Asfixiante! aquilo que não foi dito

Corrosivo tal ácido ao tocar a pele

Como miasma tóxico que se expele

Tampouco o cântico de louvor inaudito

O silêncio das mãos frias a sufocar

Os últimos segundos de pulsação

Sem ar para a última oração

Sem um Deus para suplicar

E largado, o corpo já sem vida

Vitimado pela violência e hostilidade

Apodrece, vítima da iniquidade

Mais uma ilusão jaz subvertida

Eduardo Benetti