Quando vejo

Na cegueira desse vai e vem/

A procurar felicidade/

No  que  e em quem /

Esquecemos de enxergar o bem/

As vezes, caminhamos lado a lado/

Nos movemos nos ônibus ou trens/

As vezes acordamos com alguém/

Somos incapazes de trocar/

Em toda a viagem/

Uma só palavra/

Há  muito que esquecemos as qualidades/

Nos permitimos a vaidades/

Repetindo e repetindo/

O que a todos convém/

Desde pequenos aceitamos/

Sermos ferozes competidores na cidade/

Toda essa desigualdade/

Toda essa discriminação/

Aquece a nova geração/

A usar do refrão/

De apologias antagônicas/

Que criam ideias faraônicas/

De holocaustro e mutilação /

Mas que hoje/

Os lares compactuam com a visão/

Não a toa o caos/

O culto ao sombrio/

Me parece veneração/

Veja lá, quem hoje são celebridades/

Se há sensatez na prisão/

Se há normalidade no excesso/

A insanidade é usada/

Como alibi de alforria/

Pra quem não tem coração/

Enquanto a minoria faz a opinião/

Alimenta tanta informação/

Que a gente fica sem noção/

E eu só queria/

Como você/

Ser dessa sociedade/

Uma inspiração/