SINCEROS
A esperança é que a enfermidade
Desapareça até o próximo crepúsculo,
Que eu possa representar bem o meu papel
Aprendendo definitivamente a mentir.
A minha personagem é um ser complexo,
Alguém que eu certamente temeria
Quando distraído cruzasse pela rua.
A esperança em que ela se agarra
É que eu possa levantar mais uma vez dessa cama,
Que as mentiras que profano
Sejam apenas dessa vez mais reais.
A sua personagem é uma mulher forte,
Mulher que acende o desejo de suas semelhantes
Que faz com que eu sonhe com profano
Mesmo abalado por essa moléstia.
Não vou disser que amo,
Mesmo podendo culpar a febre
Por tal mentira.
Vamos ser sinceros?