O Meteoro
No meio da noite um clarão
O meteoro cruza os céus da cidade
No universo remoto ele foi criado
E a sua luz ainda hoje brilha
Nos contornos recônditos do espaço celeste
Ele foi sendo formado na imensidão do tempo
E no seu passeio Inter galáxias no universo
Ele surge espontâneo nas reviravoltas do mundo
E nos ameaça com sua incerta certeza
Do espaço cósmico surge a nossa insegurança
As nossas verdades ainda são pífias
Estamos imersos numa desordem profunda
Somos frágeis a todo tempo nesse confronto
O meteoro nos faz lembrar
O quão diminuto somos
Nesse espaço ainda bem desconhecido
O universo se traduz em formas mal entendidas
O meteoro reluz brilhante, forte e bonito
Um belo pedaço de um corpo cósmico
Não sei em que infinito ele foi formado
Ou será a vida um etéreo finito
Um meteoro passou em minha cidade
Um medo do fim pairou nos meus pensamentos.