Ruinas...

 

É tudo

que chega ao fim,

embora algumas coisas, sobretudo,

teimam em ficar de pé.

Um patrimônio histórico,

pois é.

Insistem em lembrar, quietas

o que foram um dia.

Mas sabes, que em alguém despertas,

um sentimento diferente:

poetas, assim como eu,

cujo poema fremente,

versa o que lhe aconteceu.

Não tem culpa a ruína, não tem,

se a evolução chegou,

e a ignorou ao léu, inclusive o bem,

que fizeste ao mundo.

Assim, ninguém ousa lhe tocar.

Isso o tempo fará,

e talvez, o meu poema...

 

 

 


IMAGEM: acervo próprio ( a imagem em questão trata-se daquelas antigas privadas de casinha. Essa era a privada da escola onde estudei na roça. Faz bastante tempo e claro não tem mais uso, mas ninguém ousa derrubar. Pelo menos até o dia que fotografei em março de 2023. Hoje onde era a escola, é uma capelinha, onde reza-se o terço mensal( ou melhor rezava porque depois da pandemia nunca mais teve terço ali)