Josael

Onde estás/

Perguntam'-te os dias/

Saistes daqui/

Virando a mesa/

Odiando Samuel, Juliete e Terezas

Culpando com aspereza/

Cada um tem o seu quintal/

Suas dores e avental/

Nunca saberemos a que mal/

Te acometeste/

Todavia será, que devemos irar/

Contrair a dor, morrer e não perdoar

Não sei se agora vai adiantar/

Se me permites/

O sol não deve se por/

Sem a gente se rearmonizar/

Porque o pai sempre será/

Maior que o filho/

E devemos colocar/

Esses do lar num altar/

Porque o amor/

Embora, as vezes, não se aprenda/

Com eles/

Com as letras/

Devemos buscar/

Pra ensinar/

Porque/

É a essência/

Pra se ter a vida eterna/

Nunca vou te julgar/

Pois que o juiz/

Já foi identificado/

E não me cabe aqui/

Além de a ti me igualar/

Meus sentidos perguntam por tí/

Porque em nosso meio/

O meu coração sempre te viu/

E vejo o meu tempo terminando/

Dentre tantas saudades/

Na escassez da idade/

Pergunto por ti/

Que ecoa no silêncio/

Sem resposta viva/

Ficando na incógnita/

Se vives ou já adormecestes /

Nos braços confusos da morte/

Mas que ainda estejas/

Por aí,  meu amigo/

Embora, as vezes/

Não haja sensatez/

Em nossas atitudes/

Onde quer que  estejas/

Fiques na luz/

Porque a escuridão é para os cegos/