Impronunciável escuridão
Me pronunciaram, "escuridão"...
Sou perpétua, nesse avesso...
Se a dinâmica, de uma escravidão, permanecente...
Escuros, somos nós por fora...
Escuros, são eles por dentro...
Escuros, são todos aqueles que não se enxergam...
Necro...
E não digo...
Porque, se me quer fazer pensar...
Se me quer dizer, que a escuridão seria a nítida cor...
Por mil vezes, me peguei estapafúrdia...
Cadê?
Te implantaram, a miséria deles...
Você, acreditou...
O pior! Você sentiu!
E que me toca, tudo aquilo que dizem não compreender...
Como, iriam?
Se a extensão do raro, é deter de tudo o que não detenham...
Promiscuidades, para as quais, não quero atinar...
É o suplício, mais perigoso...
Você sabe, o que é sufocar?
O que é a surra, do que vê...
Na explosão, do que se fez mistério...
Eu...
Impenetrável...
Indecifrável...
Sou escura?
O escuro, brilha?
São, os que mais reluzem...
Vagalumes, que espalham a perfeição consciente, inconsciente...
Quero o avesso, das denominações...
Não, me contento!
Olho, para tudo o que abismo!
Nunca me parece, que tenha vindo, para ficar aquém...
Seus direitos, seriam apenas os constitucionais?
Te dizem, não deter...
Criaram, a lei...
Criaram, o Estado...
Criaram um contrato, do qual você não fez parte...
E pensa? Que a sua condição, de humanidade, seria entregue ao que foi criado, exatamente para te massacrar?
Deveria aqui, recapitular...
Américas...
Brasil...
Policia, criada para a perseguição de "escravos"...
Leis, manuseadas conforme os interesses, de quem?
Primeiramente, eles criam a objetificação...
Depois, criam a "democracia"...
Uma vez nascidos, éramos livres, enquanto desconheciamos a barbárie, o perverso...
Se ajoelhe, diante sua consciência...
Todo aquele, que uma vez tiver aprendido a pensar...
Todo! Que sempre...
Todo! Que num, desplante acordar...
Terá descoberto, que desse mundo onde tudo se tornaria perto...
Muito esperto...
Tudo é muito próximo, quando a intenção for aniquilar...