Canção
Ela não pensa em casamento
E nenhuma canção é capaz de consolá-la.
Ela nunca mais foi à escola
Antes, corroía,
Agora, sequer devora.
Ela dicionarizou o não
Nas linhas da calma,
Na palma da mão.
A pulga saltando por trás da sua orelha,
Antes inquietude, hoje chama-se resignação.
Brincando leve, girando os botões, mudando as estações da rádio,
Entre o outono e o inverno infinito,
Ali entre a FM e o verão.
E despida de qualquer virtude,
Então ela se calou.
Era bossa nova,
E que coincidência!
Paciência...
Sua música nunca mais tocou.