A Távola da Hora
É triste ver\
Esses velhos no poder\
É dolorido perceber\
Que já estamos cansados\
De nessa geração, nunca vermos a resolução\
Das propostas pra redimir a civilização\
A tantos erros\
No entanto, como se nada houvesse\
Pra eles protagonizam a destruição do planeta\
Basta um segundo\
Levam anos planejando uma reunião\
Agora Belém, é a canção\
Se organizam\
Ao redor das mesas\
Com suas grifes e estipes\
Com os seus gostos, costumes e etiquetas\
Se reúnem inúmeras vezes\
Fazem de tudo pra discutirem numa só religião\
A paz essencial a continuação\
Parece um pecado alado ou uma sedução\
A tantas mortes\
O progresso é uma lei a natureza como extinção\
São inúmeras as situações\
Que são incapazes de se permitirem\
Uma definitiva solução\
Eles não enxergam mais a noite\
Esse sol que abraça\
Esses rios e matas\
Que matam a fome e a sede\
Esse paraíso sem falsete\
Parece que vem, surge sem qualquer indagação\
Tudo o que se ver\
Não vale a vida de quem não possa pagar\
Perderam a noção\
De humanidade\
E nessa insanidade buscam curar o vazio com vaidades\
Procuram na lua, em marte ou em plutão\
Vagam no espaço sem noção\
Gastando o que não tem, pra provarem a imaginação\
Que eles, a bem da realidade, é que são as únicas aberrações\
Inteligentes sem senso de razão\
Porque o seu coração está cheio do que não se cura\
Com poder, supremacia e tantas riquezas\
Vale como demagogia\
A esse padrão de Democracia\
Que a luz do dia\
Está cheia de desigualdades\
De racismo e de um patriotismo desmedido\
Ai uma pandemia\
Que parece não ter servido aos adidos\
Ai a África como tantos outros países\
Pilhados em fome, miséria e autodestruição\
Vociferando dor aos ouvidos\
Que o vento leva em outra direção\
Continuo a porta e vejo\
Após Hiroshima, tantas guerras\
E carnificinas\
As ordens são pra enriquecer poucos com milhões\
O que acordaram após o armistício\
Nunca foi além de diplomacia pra exibição\
A bem da verdade/
Uma oportunidade/
Pra unidos/
Serem quem são/
Sem mãos não há forças pra erguer a nação\
Campos, rios e lagos ficam sem missão\
Mas parece que eu tenho, a qualquer custo ser melhor que você\
Nessa competição\
Cuja lição, é só morrer\
Então, o que esperar \
Qualquer mudança\
Que sai da balança\
Sofrem radicais retaliações\
O que eles tem pra dar\
Não não vai além, do que interessa\
Porque suas almas ainda estão presas\
A um tempo de que senhores eram donos\
Até do que eles mesmos não podiam tocar\
Um povo forte, não precisa de cegos pra os guiar\
Nessa mesa de estadistas\
A única pauta\
Pra eternizar\
Não poderia ir, além do amor que tu me tens\
E eu tenho pra dar\