VERSO IMPERATIVO
Nenhuma flor nasceu à boca
antes do emaranhar das asas,
singulares brancas borboletas
enroscadas aos lábios: você sorri!
Facho feito foco, luz ímpar,
selvagem intenso peito abrigo,
teus vales sigilosos vieram!
Eu devia tapar os olhos
e silenciar na redoma!
Mas natureza corrompida,
sou pecado somado e escândalo
fluída sensação de outra Era!
Foge minha fúria ao ver-te
pois que olhos são signos...
Imperativo é verter em mim
teu sorriso de domar as feras!