Náufrago
Sinto elas a caírem,
Molham a minha alma,
Há um vazio sem chama,
Onde estás se diluem,
Hoje negamos os abraços,
Diante desse tempo escasso,
Já não tenho o seu colo,
Como se algum dia eu o tivesse,
Foi tudo ilusão da primavera,
A dor liberta, ao mesmo tempo aprisiona,
Limitamos-nos apenas na saudade,
Daquilo que nunca foi,
Afogo-as no peito,
Pois, o silêncio doí, moí,
Tal como algum dia juraste,
Hoje quebramos as algemas,
Para cada minuto sentenciado,
Para cada lágrimas e seus estigmas,
Marchamos cada um no seu lado,
Restaram apenas lembranças,
Entre as margens de cada coração,
Distam-se os ventos,
Enquanto o a(mar)
Afoga os sentimentos (...)
(M&M)