ENTÃO, QUE SE FAÇA POESIA!
Na boca, o silêncio
Nos olhos, o desgosto
No corpo, a fadiga
Nas mãos, a grafia...
Então, que se faça poesia
Que minhas mãos carimbem
Meus devaneios,
Porque emudeço.
Já não cabe mais palavras,
Predomina a calmaria.
Já não existem mais ensejos,
Tudo é desalento.
Como concha, me fecho
Tranco-me em casulo
Escondendo assas e pérolas,
Desmereço Encantos!