QUEIMADURA

Poesia tem que ser agora

No segundo único que tenho

Aproveito a faísca, centelha que acende

E faço fogueira queimando meu lenho

Dedos tocando brasas candentes

Intento aquecer o verso nascente

Na esperança de quem os ler

Ainda perceba a mesma quentura

Do poema de agora

Marcando a carne

Com cicatriz de queimadura

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 08/12/2023
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