SÉCULOS DOS SÉCULOS [...]
Deus!
"Jesus Cristo nunca ria".
Mais um acidente (?)
no ocidente cristão
do século XIII até
o século XVIII.
Séculos de culpa.
Séculos de vergonha...
História do pecado e do medo.
Esses olhos de morte e de infernos,
que fitavam homens podres,
sob um deus-corvo.
Esse mau cheiro que acabou
impregnando os espíritos
ocidentais.
A morte, a fome e as guerras
já profetizavam o fim do mundo...
Pânico na Europa!
Pastorais do medo! Padres e pastores...
Grandes mestres em pedagogia da morte.
Morte-mulher.
Morte-tema.
Morte-poder-do-clero. É claro!
E viva Santo Agostinho ( entre outros)!
Santo da culpa.
Santo do pecado.
Santo versus sexo-pecados-do-corpo-mulher,
de tantos pecados que a vida se fez
um grande pecado.
Original.
Criança podre...
Inferno demais.
Pouca paz, pouquíssimo céu.
Deus!
Ninguém suportava confessar
tantas faltas sexuais,
e tantas outras ( que não me lembro mais!),
como meus versos malfeitos.
Feito que termino dizendo:
apesar das pedras da morte,
do medo...
Da culpa, cimentada
em nossos espíritos,
desses tempos de ferro,
uma herança cultural,
nada igual
para os séculos dos séculos. Amém!