Dezembro, era segunda,...

Dezembro, era segunda, bem de manhã

Ela entra tímida com suas bolsas

E pára ao lado

Um, sentado,

Pede para segurar

Por uns instantes

Algumas estações, duas

Ela se senta

Com a timidez da manhã

Na sua face

Uma Lua, quase

Um toque especial

Flores se escondem

No azul do seu vestido

O seu corpo na timidez

Do ombro desnudo

Seu bronzeado chama a atenção

Da respiração pausada

Os seios descansam

Firmes, taciturnos

Um livro

Parece história

O olhar de soslaio

Quase inibe

Àquele que reflete

Esse quadro tímido

Naquele trem que vai para Luz

Com tantos rostos e corpos duros

Contrastando

Com o seu corpo suave e meigo

Delineado e vistoso

Prazerosamente esperando

A Estação da Luz

Fim do trajeto

À espera dos apressados

Por último, sai sem deixar pistas

E na multidão desaparece

Aquela Lua tímida

De cara menina

Mulher.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 26/03/2005
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