Os Leões e a Bonança

As memórias mortas em mim vontam a vida,

Quando eu passo pelos cantos da cidade é uma mistura de tristeza e nostalgia,

É uma flor morta que desabrochou e ainda permanece florescendo,

É um poema de pré-inverno,

É o eu de alguns anos atrás esculpido no meu ser contemporâneo,

Parece pouco, mas se passaram tantos anos.

Eu era tão ingênuo, e as batalhas eram outras,

O chão é o mesmo, mas os pés estão mais calejados,

Eu me sinto tão sozinho, e sinto saudades do que nunca tive, mas eu sempre foi um sonhador, um louco desvairado mal incompreendido,

Um lunático de poucos amigos andando em um dia de lua exposta,

Eu percorri linhas tortas, mas o importante é que eu cheguei.

O importante é que eu sempre fui eu mesmo,

Me perdoe a sutileza, sou um órfão sem esperança,

Uma herença desalinhada, fui atirado aos leões após os tempos de bonança.