Libertas Quae Sera Tamem

Eu me sinto andar errado

Meio perdido em meu passado

Entre alguma coisa que eu devia

E outra que jamais voltará

Mas hoje essa corrente quebrará

Depois dessa lágrima tardia

Eu andei revendo uma conversa

Entre meu espelho e a noite perversa

Onde letras queimavam a carne invisível

Meus sorrisos mortos pelodesprezo

Aquela voz ao medo me entregava preso

E me resumia a uma coisa desprezível

Eu me pousei na cama silente

Ao escuro cego e onipotente

E orei como nunca o faria

Depois de uma vida inteira

Revelei minha prece verdadeira

Pedindo liberdade ainda que tardia

Eu ainda sou novo para me matar assim

E essa parte que já se foi de mim

Estátão longe quanto o mundo lá fora

Nos libertarei desse meu inferno

E volto a desbravar meu mar interno

Preciso tanto de ir embora

Eu perdoo de todo mal que fizeste

Me permito qualquer canto celeste

Peço o mesmo pelo que fiz um dia

Hei de pagar meus pecados com fogo

Para caminhar até o fim do jogo

Depois dessa lágrima tardia

João V Zibetti
Enviado por João V Zibetti em 02/12/2023
Código do texto: T7945300
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