Legado de moscas

Se os poemas são meu legado

Não sei se estou deixando algo bom

A cada palavra escrita, um pedaço de mim se vai

São pinceladas e mais pinceladas de vermelho em decomposição

Com nuances de metáforas

Como um velho bêbado nos seus últimos momentos de vida

A cada palavra escrita o vital em meu ser se vai

Não são lamentações, apenas tentativas de descrever o indescritível

Como o que você vê quando olha o nada

Quando bebe uma taça cheia de vazio

Nos momentos que seu tudo é preenchido de nada

A mesa de algures com cores tão escuras

Tudo é escuro e preto..

Colorido e oleoso

Tedioso crânio ardiloso

Talvez sim, sejam palavras de socorro

Ditas ao meu eu interior

Melyssa Rufino
Enviado por Melyssa Rufino em 01/12/2023
Código do texto: T7944416
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