terra arrasada

paz que nunca tivemos

na terra que pereceremos

e pereceremos sem paz

sob sete palmos de terra

toda ilusão por ser rasa

aos poucos perde a toada

a fagulha que foi brasa

o vento converte em nada

nesse compasso demora

uma vereda encontrar

caído na trincheira implora

por sua vez de cantar

uma cantoria triste

eivada de melancolia

e o silêncio que insiste

no hiato da melodia

a terra jaz arrasada

desconhecida é a paz

na desilusão traçada

da existência fugaz