Produção orgânica
A palavra pede passagem.
Depois de ensacada, prensada, reprimida pelos dias.
Já maturada, explode.
Vem suja de sangue, de suor, de saliva ressecada.
Cada ilusão cumpre seu papel de madrugadora de liberdade.
Tirando a lucidez guardada embaixo do tapete
Vem a tona junto de todas as pontas de ar puro
E as coisas inacabadas encontram seu fim.
Justificadas nos meios das folhas programadas para voarem