POEMA DO DOZE DE OUTUBRO
Ontem eu era uma criança atrevida
Brincando na chuva, zombando do destino
Hoje sou um velho num corpo de menino
Sentindo saudades da infância perdida.
Ontem eu era só brincadeira e festa
Tecendo sonhos de vibrante fantasia
Hoje gasto à toa a minha energia
Vivendo sem (vi)ver a vida que me resta.
Esqueci no chão meus brinquedos quebrados
E os sonhos que vivi parecem ultrapassados
Como navios naufragados que não saem do cais
Só ficou a saudade da aurora da vida
E lembrar os folguedos da infância querida
Que os anos que trago não me trazem mais.