Cegueira

De que cor são teus olhos? Não te vejo!

Há quanto tempo!...que me esqueci…

Que pena que meus olhos não tenham mais luz!

E eu não poder ver o teu brilho inusitado!

O tempo sofre, lento, muito lento, imaginando-te!

O tempo está viciado no som do violino que assombra,

a mente lúcida em timbres nostálgicos…

Abandonado, sem alegria, sem cessar-fogo,

bombardeado pelo tédio que abate a esperança...

De que formato são teus lábios? Não te sinto!

O tempo cisma, a noite oculta e o dia ofusca,

as poucas lembranças morrem sem amar...

O tempo que conhece as feridas do corpo e da alma,

que se ajoelha ao Senhor para as sarar...

Como é o teu aroma? Estou sufocado!

O tempo morre com o sol e a lua e nasce a poesia...

Saudade do tempo...

Saudade de chorar...

Saudade de ter vivido…

Saudade de ver…saudade de te ver!

De olhos fechados, a sonhar...

Não conheço a cor dos teus olhos pela cegueira,

Não te sinto pelo castigo da castidade das mãos,

Não conheço o teu aroma porque te perdi!

Sim meu amor, morro lentamente…muito lentamente...

Sessenta e Nove Sugestões Poeticas
Enviado por Sessenta e Nove Sugestões Poeticas em 27/11/2023
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