Num banco sozinha
De uma praça qualquer
Outonei-me...
Folhas caidas no chão
Sao versos entardecidos
Um frio abranda minha
Alma cálida...
Exaustão!
Doce pássaro pousado
No banco vazio de você .
Um canto, um lamento,
Um "ai" de mim...
Verso folha escrita
Com ranhuras de solidão,
Fissuras num rosto,
Marcas do destino!
Eu me outono
Você ficou numa
Primavera qualquer...
E do banco da praça
Vertido-me em versos
Falei de amor...
Só o pássaro ouviu,
Quimeras do tempo
Outras eras...
Resquício de um dia
Sem fim...
No banco sozinho
De uma praça qualquer
Pousa um pássaro verso
Sem ponto, sem vírgula
Sem pausa...
Só ecoa o que vai dentro
Do peito, enfim !