Que me curem
Que me calem, as falsas palavras,
Que me encham os ouvidos, as falsas promessas,
Que me ceguem, as falsas modéstias,
Que me perturbem o sono, os egos em festa.
Que me curem, as verdadeiras artes,
Perdoem-me, se não crio mais.
Que me curem, as verdadeiras pessoas,
Perdoem-me, se não creio mais
Que me curem, os ares que habito
Já não respiro mais
Que me curem os amores vividos
Esses, já não possuo mais.
Que me voltem a esperança perdida
Que me curem, pois já não existo mais.
Marcelo Catunda (26/11/2023)