Passageiro
É preciso se livrar do peso das penas da vida
Para continuar voando
E planar sobre o fogo que derrete a fuzelagem
já comida pela ferrugem da culpa.
Em meu voo solo, apaguei as chamas
com as lágrimas
que eram mais peso morto.
E agora sobre o oceano imenso e frio,
não tenho bússola que me guie.
É preciso saber que as dívidas contraídas
não vencem antes de esgotadas
todas as gotas de sangue do viajante.