Ao balançar da rede

Num suave embalo, rede a balançar,

Reflexões dançam, a mente a sonhar.

Na trama que entrelaça, memórias se misturam,

E no vai e vem, pensamentos surgem.

Entre nós tecidos, passado e presente,

No suave movimento, a alma se sente.

O vento sussurra, histórias ao vento,

Cada balanço, um novo momento.

Nas curvas suaves, o tempo se rende,

E a mente se entrega, ao coração que se prende.

No vai e vem constante, lições se revelam,

E as dúvidas, como folhas, se desvelam.

Balança, rede, como um portal do ser,

Onde a introspecção faz o coração renascer.

No crepúsculo calmo ou no alvorecer,

A rede, mestra sábia, nos ensina a viver.

Entre sombras e luz, entre risos e pranto,

A reflexão se desenha, como um encanto.

Balança, rede, meu refúgio sereno,

Onde o silêncio fala e o tempo é pleno.

Que o balançar suave conduza a clareza,

E a rede, entre sonhos, seja a firmeza.

Ao ritmo tranquilo, a mente se alinha,

E na poesia do momento, a vida se aninha.