Novos sentidos

Que meus olhos não fujam,

O escarlate da sua paixão,

Que subam os meus desejos,

Os degraus da tentação,

Prendo-me em anéis dos seus seios,

Onde penduro a vontade na língua,

Tecia seu corpo em nuvem,nua,

E fazia chover em seu solo sagrado,

Que não houvesse terreno virgem em ti

Que eu não pudesse explorar,

Pois, amar não é pecado...

Que não houvessem ondas,

Onde eu não pudesse naufragar,

Nesse escarlate do a(mar)

Beijar-te-ei para atingir a erosão,

Na dúvida de qual dos lábios,

Saborearia primeiro na tentação,

No ribeiro dos seus vales,

Onde deságuam a preciosidade,

Entre rosas carnudas e finas sem maldade,

Centrada com a pérola das terminações,

Onde deste-me de beber as vontades,

Que não cabia na alma,

Maldita seja essa sede de beber-te toda,

Bendita seja essa fonte que não seca,

Que se molha ao afago,

No tacto da inspiração das mãos,

Que incha e entra em contrações,

Feito lavas explodindo o vulcão,

Das metades que constituem o todo,

Onde caio ao delírio,

E deixo solto os segredos,

Na descoberta de novos sentidos (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 23/11/2023
Código do texto: T7938836
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