Novos sentidos
Que meus olhos não fujam,
O escarlate da sua paixão,
Que subam os meus desejos,
Os degraus da tentação,
Prendo-me em anéis dos seus seios,
Onde penduro a vontade na língua,
Tecia seu corpo em nuvem,nua,
E fazia chover em seu solo sagrado,
Que não houvesse terreno virgem em ti
Que eu não pudesse explorar,
Pois, amar não é pecado...
Que não houvessem ondas,
Onde eu não pudesse naufragar,
Nesse escarlate do a(mar)
Beijar-te-ei para atingir a erosão,
Na dúvida de qual dos lábios,
Saborearia primeiro na tentação,
No ribeiro dos seus vales,
Onde deságuam a preciosidade,
Entre rosas carnudas e finas sem maldade,
Centrada com a pérola das terminações,
Onde deste-me de beber as vontades,
Que não cabia na alma,
Maldita seja essa sede de beber-te toda,
Bendita seja essa fonte que não seca,
Que se molha ao afago,
No tacto da inspiração das mãos,
Que incha e entra em contrações,
Feito lavas explodindo o vulcão,
Das metades que constituem o todo,
Onde caio ao delírio,
E deixo solto os segredos,
Na descoberta de novos sentidos (...)
(M&M)