Passagem comprada, mas não marcada.

 

O tempo de agora é o que se tem.

Não há senso em ansiar pelo amanhã.

As provisões todas são válidas,

mas não define o cronômetro adverso do futuro.

 

Não há nada sob o sol que não se tenha dito,

nada é novo. Tudo se copia, às vezes com primor.

Ninguém é capaz de controlar tudo, a todo tempo,

nem mesmo o que lhe pertence.

 

Não viemos aqui para ter certezas, mas, antes de tudo, duvidarmos

 

- O nosso projeto é inacabado!

 

Somente dominamos as coisas que fazem jus ao pequeno poder.

Todos os dias empreender, no ato de aprender.

Essa é a incógnita, a diáspora do nosso pensamento coletivo.

Não há criatura sem criador, nada se pode sem o saber (...)

 

O tempo de agora é o que se tem.

O futuro, incerto, é ainda tempo no abstrato.

O passado que já foi presente e futuro d’outros tempos,

nos leciona, mas não pode ser o nosso designío.

 

Os átomos todos dançam, (Caetano), reluz neblina.

- Não vagueis inertes, embora céticos, acalentemos um proposito.

 

- A vida vale muito. Sempre vale!

 

R-B.J, 155, Sant’Anna. J.G, PE - 19/11/23

Taciano Minervino
Enviado por Taciano Minervino em 23/11/2023
Código do texto: T7938703
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