Fronteira

É bom escrever quando o sono ameaça invadir

E as defesas baixam ao torpor da madrugada

Os sentidos tateiam entre o presente e o porvir

E nos entregamos vazios, porém plenos de nada

Nessa fronteira entre o sonho e a consciência

As palavras lassas diluem-se serenas e quietas

Deixando nos versos sua mais nobre essência

Agora dormitam na fértil mente do poeta.