BLACK OUT

Tampa tudo

Colore de preto

Black out

Cobre a rosa

Cobre o peito

Ar novamente rarefeito

Vai pra puta que pariu

Quando eu sangrei

Ninguém viu

Apaga a rosa

Lacra o peito

Eu tô pouco me fudendo

É ódio por fora e por dentro

Toda vez a mesma história

Parece que ninguém tem memória

Só lembra quem apanha

Dizia minha mãe

Que nunca lembrou dos coros que dava

Dos tapas falados

Eu não me esqueço das ranhuras

Quem dirá dos hematomas

Quer meu desespero?

Então toma!

Guela a baixo, engula!

Eu to exausta dessas surras

Não sei mais fazer suturas

A vida tá boa de acabar

E nada nunca muda!

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 22/11/2023
Código do texto: T7938103
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