O calor do proletário

Soa o alarme na cabeceira

Soa o apito do guarda

de trânsito

Soa o alarme da fábrica

Sua o corpo do trabalhador.

Soa o sino da igreja

Soam as vozes difusas

de deus em cada pensamento

Soa a ordem da razão

Sua o corpo do homem na cruz.

Soa na mente a revolta

Soa a palavra de otimismo

que dá vida ao conformismo

Soa a voz da indiferença

Sua a testa do bicho feroz.

Soa o pranto desesperado

Soa abafado o pedido

de socorro

Soa a arma engatilhada

Sua sangue, lágrimas e fezes.

Renato A
Enviado por Renato A em 22/11/2023
Código do texto: T7937964
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