HOJE, O CAOS
HOJE, O CAOS
Hoje entendo o caos
como parte de mim
e me debruço sobre o tempo
para abafar seu barulho.
Hoje a beleza me toca
no inesperado afeto
e reconheço que a ansiedade
me trouxe a morte
como realidade.
Mas eu disfarço
esse vazio para que
assim não me enlouqueça.
Ponho meu sonho em evidência
para que aconteça.
Hoje eu crio
as situações de Deus;
Estendo as mãos ao indizível
e respeito mais o silêncio.
Sem novas esperanças,
almejo às vezes o ontem
para quem sabe reacontecer
na glória de crer
no humano.
Nenhuma festa.
Apenas uma fresta
é o que me resta.
Desse amanhã
de improvável
conforto.