Remanescentes
Numa época de ter
De acumular até sobrar
Ainda alguns choram por ser
Vivem do etéreo , não de calcular
São transcendentes irrevogáveis
Desse ir e vir e ter, nada importam
Sorrisos e lágrimas memoráveis
De almas e laços que não desatam
Remanescentes tão teimosos
Que ignoram o acaso
Sonham com dias saborosos
Não se abalam como descaso
Deste mundo chato
De ter e acumular
Um teatro de único ato
Ter até sobrar
Mas eis os teimosos
Remanescentes
Entre os tais,eu.