O Menino de ouro
Das tantas histórias/
Não será essa a menos do mais/
Todavia, será mais uma/
Que poderá dizer/
Aos cegos/
Que o brilho da luz as vezes cega/
Que o fogo queima/
Sob os risos da mãe/
E as congratulações do pai/
Foram os embalos na rede/
Feliz aniversário/
Natais encantados/
Travessuras como legado/
Depois veio a adolescência/
Seguindo os seus sentidos/
Ele cresceu/
Habitava as esquinas/
Falava das meninas/
Mas andava na escuridão/
Sem precaução/
Aos poucos foi vendo/
Nas coisas estranhas/
A normalidade, que a razão/
Se envergonha/
Apologia as drogas/
Incitacão a desordem/
Apologia a violência/
Dentro de uma libertinagem/
Como crença/
Vadiagem como oportunidade/
De ver o rio passando/
O sol, queimando/
Foi assim, que se apaixonou/
Por Eudiria da Silva/
Conhecida como Comercita/
Um furto aqui/
Um furto ali/
Como travessura de criança/
Umas cabeças de droga/
O levaram a conhecer as grades/
Choros e velas andavam ao redor/
Como parto do caos/
Naquela noite/
Rindo ele desdenhou dos conselhos
Saiu com amigos/
Estava de carro/
Mas foi no cavalo de aço/
Que ele tombou/
Caiu no asfalto sob tiros/
Adentrou no hospital/
Buscando a cura/
Porém, de lá nunca saiu/
Terminou a sua saga/
Antes das ultimas lagrimas/
Deixsndo pra tras/
Um filho/
Uma vida curta demais /
Por isso cuidado rapaz/
Não procure pelo brilho/
Busque ser a luz/
Nessa escuridao das cidades/