Um poema digno de desprezo
Um poema digno de desprezo
Todos, por favor,
um brinde:
o pior de mim,
à insignificância!
O pior de mim,
isto ninguém quer roubar!
O que de mais original eu fiz,
às traças e aos vermes irei deixar!
O cotidiano...
pensado e repensado,
irreflexo e apaixonado,
converte-se num bueiro,
direto ao inferno.
Se soubesse que seria assim,
deixaria de implicância:
roubaria mais de mim e seria,
princípio por princípio,
absolvido pela insignificância!