DA ESTRADA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Já se foi o tempo
Da estrada das boiadas
Antes do asfalto e do cimento
E dos aboios das jornadas.
Faz hoje e depois
De amanhã não presta mais
Mole como feijão com arroz
A transcarapeba dos canaviais.
E o tempo voltou
Para terra batida
E o asfalto passou
Com a natureza agredida.
Isso tudo tem
Nome de corrupção
Derrama de vintém
Da politicagem em ação.