Ária Com L
Ela me chama de pai
E eu a de filha.
Agora e então.
Sem psicologias.
Psicologias à parte,
Respiro com ela.
A filha que não minha é
E jamais será.
Seja quem for.
Teu abraço sempre distante
Não diminui o tal sentimento.
França em negação pelo nome!
Arar os temas dos porquês.
E é tudo por causa dela.
Ela nunca vai entender os sussurros
Que suspirei.
Ela jamais vai entender.
"O maldito Freud explica", diria ela.
Refutado.
Ela me olha por trás do espelho.
A Marseillaise se faz sem som;
Revoluções à parte.
Marselha não é tão longe,
De tal forma.
E a ária tocada é a devida.
Ela é o hino mais belo já escrito.