As gotas d'água, navalha fria...
As gotas d'água, navalha fria,
Cortam sem pressa a carne da rocha
No fundo de uma gruta
Inaudita
No zero absoluto de calor, de luz e de vida;
À beira do precipício de não ser
Ponteiros denunciando o tempo
Em tic tacs
Ritmados
Coração pulsando ignorado
É quando as pedras cantam
Um Big bang
Renovado
Espocando a cada instante;
Sombra da sarça ardente
Na caverna de Plantão sem ninguém
Olvidado
Ou não
Tudo o que há proclama o mesmo
Porque existir
É
Em Deus