CALOR

CALOR

Não há movimento

O ar é pouco

O calor é muito

O corpo sua

A cabeça quente

Acossada pelo sol

Pede água

Não quer beber

Apenas render-se

E com bandeira branca

Pedir clemencia

Uma fresca brisa

Uma chuva lavadeira

Para assentar a poeira

E poder encher o pulmão

De um ar ameno

Que não seja esse veneno

Que aos poucos domina

Indicando o cerrar da cortina

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 11/11/2023
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