Travessia
Fantasmas do passado ecoam na porta,
Ouço risos distantes, brincadeiras infantis.
Contemplo um castelo imenso, chamado alegria,
Mas suas bases repousam na efêmera areia.
Como maré e ventos agem pelo destino,
O castelo desaba, poeira e tijolos se espalham.
Desolada, durmo ao relento,
Viro uma andarilha, criança abandonada.
Um dia, impulsionada pela teimosia,
Vejo uma base firme, de concreto.
Acredito poder construir algo novo,
Uma mansão projetada por mim.
Chamarei de liberdade!