Chove
Chove
Num lamento
Suave
Por entre
Os passos
Da cidade
À luz
Que se abre
Numa noite
Que se adivinha
Chove
E por cada
Gota
Sozinha
Há uma sombra
No chão
Bordada
Na sua linha
Com a doçura
Da visão
Que acarinha
Chove
Em mim
Para que me
Distraia
Da lágrima
Salina
E caia
Discreta
Por entre
A nervura
Da saia
No regaço
Da bainha!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal